quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Uma vida simples!

Me tornei adepta da vida simples. É. Me tornei. Nas cabeçadas da vida aprendi a valorizar cada coisinha e a simplicidade – é claro que gosto de coisas bacanas, mas se elas não vierem, tudo bem. Tenho meu Deus, a certeza da salvação, minha família e amigos muito especiais que sei que posso contar.

Além da certeza de que a graça de Deus é maravilhosa e precisa ser suficiente – ela precisa me bastar.

Você já ouviu alguma história de pessoas que mesmo no leito de morte e tendo seus aparelhos que os mantinha vivos desligados, continuaram vivendo? Eu já ouvi vários testemunhos assim!

E são em momento como esses que a graça de Deus opera. Quando nossos aparelhos são desligados e, mesmo assim, continuamos vivendo – pela graça. Imerecidamente Deus continua nos sustentando e nos mantendo, mas creio que para Ele está tudo bem fazer isso, porque Ele é amor – o próprio amor e deve achar muito bom agir pela graça.

E foi num dia desses, conversando com Deus e junto com meu caderninho de anotações que comecei a listar coisas bacanas e simples que ainda gostaria de fazer nesta minha vida:

1° Ter uma galocha de plástico. Quem tem uma bota dessas tem um chapéu de palha e, consequentemente um quintalzão. Tomei gosto pelas flores. Agora a Lupércia (orquídea) está hibernando (pra não dizer que morreu), mas já tenho outra que me faz companhia.


2° Ir ao show da banda Resgate. Minha banda gospel favorita e a única coisa que toca no meu MP3. Não aguento nada que tenha que ir nem pra esquerda nem pra direita.

3° Fazer trabalho voluntário. Eu sei que isso é super fácil e absolutamente possível, por isso, já estou providenciando um local para dar aulas de reforço em língua portuguesa.

4° Escrever um livro. Que talvez nunca seja publicado, mas quero profundamente ter esse gostinho.


5° Ser mãe. Uma mãe super bacana e de que meus filhos possa se orgulhar. Uma mãe com cara e corpo de mãe – não uma que pareça adolescente, que se vista como adolescente e goste das mesmas coisas que sua filha – adolescente. Uma mãe “classuda”, entende?


6° Ser avó. Tipo a Palmerinha, “minha amiguinha” – daquelas que super estragam os netos e os entrega aos pais no final da tarde dizendo – beijo, tchau e não me liga. Quem sabe, ter o cabelinho roxo também.

7° Voltar a fazer bolos. Estou sem forninho, mas era gostoso ver a faceirice do marido quando sentia o cheirinho de bolo assando. Ele vinha dançando me encontrar. Ainda mais quando era a minha especialidade – bolo de coco cremoso – que o fez querer casar comigo.

8° Saber costurar. E poder fazer quantos vestidos eu quiser neste mundo. Comprar a Revista Manequim e me entreter muito naqueles moldes. Também fazer umas costurinhas pras amigas.

9° Ter um cachorrinho. Tentei com o Melão e foi um fracasso. Tentarei novamente, mas não com um cachorro daquela raça psicótica que tem claustrofobia quando o dono não está por perto.

10° Amar muito e valorizar muito tudo o que tenho. Acordar cada dia com o coração transbordando de gratidão pelo que já possuo.

E se as coisas bacanas não vierem, tudo bem!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Era uma vez - o Melão

Eu tentei!

Desde que nos mudamos para o apartamento novo e comecei a ouvir as andanças da cachorrinha da família de cima - comecei a pressionar o marido: preciso de um cachorrinho!

Segunda-feira compramos um bebê chiuaua amarelinho de 2 meses - o Melão.

Quando entramos com ele em casa tudo começou a ficar estranho. O Melão só chorava e tremia sem parar - além de aprender rapidinho a subir no meu sofá novo. tensão

Já meio que me estressei, mas não podia transparecer e saia limpando os cocozinhos dele na "maior animação" - eu é que tinha inventado aquela história.

Deixamos ele na sacada e fomos para a academia: - Vizinhos, vocês tem um cachorrinho? Ele tá desesperado! Gritando muito! Veio nos avisar uma vizinha.

Paramos tudo e corremos encontrar o Melão. Ele só chorava, e muito.

- Dormia chorando.
- Comia chorando.
- Andava chorando.
- Brincava chorando.

Ficamos desesperados! Mas a hora de dormir foi a pior parte.

Tivemos que colocá-lo no nosso quarto e ele ficou a noite toda gritando e tentando subir na cama.

Nos revezávamos para tentar acalmá-lo!

O marido pegava ele - gói, gói, gói, pronto, pronto...

Depois eu - shi, shi, shi, passou, passou...

A noite toda embalando o Melão... no outro dia estávamos um bagaço. Fomos trabalhar preocupadérrimos com ele - como estava a casa, o tanto de sugeirinhas...

Dito e feito!

Havíamos feito de tudo para ele se adaptar: garrafa pet com águinha quente, 2 bichinhos de pelúcia, relógio tic tac dentro da caminha para simular o batimento cardíaco da mãe, mas nada o acalmava.

Foi muito estressante, muito mesmo - o que era para ser uma alegria virou uma pressão absurda.

22:30 estava eu e o marido com altas olheiras segurando o Melãozinho no portão da casa do homem que nos vendeu.

Tomei outro sermão - que não devemos pegar cachorrinho com nosso ritmo de vida e que eles não são bibelô, que precisam de disciplina e tudo mais - tudo o que eu não tinha disposição e nem tempo pra fazer.

Agora eu sei! Concordei com ele, pedi milhares de desculpas e devolvi o Melão.

Voltamos para casa aliviados. Ele vai ser vendido de novo para uma família que espero - o ame muito e dedique-se a fazê-lo feliz.

Agora cachorrinho de novo só morando em casa, com um baita quintal e filhos adolescentes para se responsabilizarem.

E não! Eu não vou devolver nenhum filho meu quando nascer. Não sou tão desnaturada assim.

Aposto que você está pensando isso, aposto!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Me ajuda com o cheiro verde!

Eu sou professora.
Ele é professor.

E como todo profissional desta área sentimos necessidade de celebrar o Dia dos Professores – pra extravasar mesmo, falar dos alunos e tudo mais que só quem enfrenta uma sala de aula bem entende.

E a responsa de organizar nossa festinha foi minha!

Lá fui eu às compras... pra testificar minha inabilidade com supermercados e afins – é muita falta de destreza numa pessoa só. Saio olhando os rótulos que conheço e pra mim, já está tudo bom, sem me preocupar com os demais critérios – bem importantes – como na vez em que comprei iogurte vencido e tive uma noite de rainha.

Fui ao sacolão e havia muitos itens verdes na lista – destes, eu nunca comprei nenhum, não usamos lá em casa e fiquei super na dúvida:

- Moço, me ajuda com o cheiro verde!
- Você não sabe o que é cheiro verde?
- Então, tá na minha lista...

Um velhinho se intrometeu na conversa:

- Isso é verde e tem cheiro (segurando um pé de alface)
- Aff! Isso eu sei que é alface.
- É por isso que o Brasil está desse jeito... esses jovens não sabem de nada... não conhecem nada... aposto que pensa que o açúcar dá em árvore...
- Choquei! Nunca tinha feito uma reflexão sobre de onde nascia o açúcar...

A minha mente dizia – senta que lá vem a história e foi um blá blá blá daqueles. Ele era bom de sermão.

Uma senhora se compadeceu de mim e me salvou – vem que eu te ajudo!

Eu sussurrei baixinho – também preciso de rúcula e agrião, mas não deixa aquele velhinho ficar sabendo... ele é do mal.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Que vontade de esmagar!!!!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Cada etapa...

Nunca me imaginei casando, é sério! Mas aos 22 anos lá estava eu abraçada na máquina de lavar roupas tentando entendê-la e me esforçando para cumprir minhas funções de esposa.

Também nunca me imaginei tendo filhos... Mas agora, depois de 6 anos estou encantada com esta lógica:

Também estou olhando tudo de criança - e o Benjamin ou a... (não tem nominho ainda) vão ter muitas coisinhas "cute".




E tem tantas coisas lindas de criança por aí... aja dinero!

Vou colocar naqueles programas a minha foto e do marido - pra ver como as crianças vão sair...



Tenho certeza que será uma fofurice só!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Gabi, perdi!

Antigamente, quando ele perdia algo eu ficava altamente agitada – ligava pro 190, 199, suati, emasa, bope... se fosse necessário. E super me dispunha a ajudar.

Depois tomei a postura de babá atrás do garoto esquecidinho... - olha o que eu achei, guardei pra você, coloquei no lugar, acabei de encontrar...

Mas, também entrei na fase de não me aborrecer mais:

- Perdi meus óculos!
- Não me diga!

- Perdi meus sapatos!
- Que coisa!

- Perdi a chave do carro!
- Pega a reserva na minha bolsa!

- Perdi o pacote do pão que acabei de comprar!
- Come pão velho!

E foram muitos os sufocos por conta da falta de atenção dele – mas nada se compara ao episódio das Casas Bahia.

Fomos até esta popular loja de móveis, não recordo olhar o que, mas acabei me entretendo nos sofás e ele tomou outro rumo.

- Gabi, perdi minha pasta!

Sentei e quase não tive forças para levantar.

Pasta dele = notebook, carteira, 2 celulares, calculadora HP, chave de casa, chave do carro, coleção de tazo, 1 carrinho do Hot Weels, alguns parafusos e uma arminha de choque (depois eu explico).

Minha primeira reação foi ir até os seguranças das portas e pedir se viram alguém saindo com uma pasta de notebook e que ficassem de olho, caso vissem.

Depois começamos a refazer todos os lugares em que ele havia estado:

- Olhei essas TVs;
- Olhei essa cama;
- Olhei essa cadeira do papai;
- Olhei essas parafusadeiras;
- Olhei esse guarda-roupa.

Foi então, que tive a ideia de abri-lo só para uma conferidinha – e não é que estava lá. Sua pasta estava dentro do guarda-roupa, como se ele estivesse em casa e depois de um dia cansativo, caminhasse até o seu armário e lá guardasse sua bolsa.

Ele sorriu agradecido e seus olhos me diziam – o que seria de mim sem você, darling!

Tive uma rápida ideia estapafúrdia – comprar algemas, colocar uma aba em seu pulso e outra na alça da sua mochila.

Preciso confessar que volta e meia, esta ideia revive.