sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Típico post Sobre Tudo - Sobre Nada

O primeiro cartãozinho de amor romântico que ganhei dele me chamava para bater um papo "sobre tudo - sobre nada" - o que, na minha família virou chavão, lema, clichê, ou qualquer outra coisa - só sei que povoa boa parte das conversas e, as mais sem nexo encerram sempre com um "sobre tudo - sobre nada" - que virou o nome do blog - que tem o título deste post.

Tudo porque não terá um começo, meio nem fim. Só vou escrevendo: sobre tudo - sobre nada.

A única novidade dos "entonces" é que ganhei um forninho elétrico. Eu super queria, mas agora já olho ele meio de canto - ter um forninho significa que você precisa usá-lo, usá-lo, pressupõe que você terá que abrir a gaveta dos cadernos de receitas, pegar o caderninho (o meu tem 7 receitas) subentende-se que gastarei muito tempo na cozinha - o que muito me chateia!

Ainda tenho que ouvir isso toda hora: Agora temos um forninho! Quem diria, temos um forninho! Jesus é muito bom, ganhamos um forninho! E por aí vai...

E para estreá-lo compramos uma pizza congelada de 1,99. Pois é... agora tenho um forninho e não estou sabendo o que fazer com ele.

Outro fato é que estava aborrecida com o blog - sem ideias, super querendo me desfazer dele e me cobrando em postar. Não admito me cobrar com o blog, não posso, já tenho muitas cobranças nessa vida... então, estremeci as relações.


Mas agora já passou e decidi dar uma nova chance.

Outro fato é que dei um jeitinho - adaptei um criado mudo pro meu ladinho da cama. Já tinha visto esse modelo de criado em alguns blogs e achava engraçadinho, e como sobrou 2 cadeiras naquela troca que fiz com minha mãe/sogra - usei uma para copiar o modelinho.


E o meu ficou assim:

Por enquanto estou gostando, mas sei que vai durar só mais um tempinho e já me desfaço. Só senti falta de uma super colcha cheia de babados, branca e linda.

Então, é isso gente - só um sinalzinho de vida. E para não perder o costume - beijo, tchau e não me liga!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Aventuras Animalescas

Quando nos casamos fomos morar atrás do zoológico – não no fundo, tipo caseiros, mas em casas localizadas atrás da morada dos animais. E logo comecei a ouvir histórias sinistras de bichos que haviam fugido de lá – tipo um jacaré que apareceu no terreno do vizinho e virou churrasco para a turma toda. Para tal artimanha, alegaram auto defesa (oi?)

Eu, assustadérrima com a vida de casada, assustada por ter que sair da casa dos meus pais, assustada por agora morar com um homem (2° oi?), assustada com a máquina de lavar roupa, ainda tinha que conviver com a assustadora hipótese de abrir a porta de casa e dar de cara um tigre – já preparou o café, benzinho?

Tá certo que eu super fantasiava – afinal, assisti todos os filmes da Disney com animais que cantam, sapateiam e amam, mas o mais perto que cheguei de uma vaquinha, creio eu, foi tocando a tela da TV.

Portanto, a partir de agora, relatarei situações INACREDITÁVEIS vivenciadas por “moa”. Sim, sim, relatos reais e chocantes.

Prepare-se!

Já vou começar!

1, 2, 3 – lá vai!
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Caso n° 1 da casa 94 – O LARGATO

Sempre ouvia a criança gritando e correndo atrás do laRgato - que tinha o papo amarelo, que comia ovos e chicoteava (3° oi?)

Estava eu solita almoçando na sala quando avistei uma cabecinha tipo jacaré – tipo lagarto – um tipo assustador. Joguei o prato de lado e corri trancar a porta, tranquei as janelas, fechei as cortinas e liguei pro meu pai:

- Pai, me acuda, tem um jacaré aqui. Ele vai me devorar... tô apavorada!
- Como ele é?
Fiz uma explicação meticulosa – acho que tem uns 3,5 metros... (4° oi?)
- É um lagarto, não faz nada. É só não mexer com ele.

Ouvi uns gritos – Tia, tia, o laRgato entrou aí! Abre o portão pra gente pegar ele.

Abri uma fresta da cortina e fiz sinais de apavorada - Não consigo! Mas graças a Deus meu portão era eletrônico e pude acionar lá de dentro mesmo.

A meninada entrou alvoroçada e fizeram uma caça ao lagarto. Respirei aliviada ao vê-los saindo com o bichão.

Fiquei por dias contando ao marido a epopéia do lagarto que queria me devorar – foi sim!
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Caso n° 2 da casa 94 - O GAVIÃO

Eu tinha varais esticados pelo quintal todo – me sentia uma super mulher e saía de avental e roupas molhadas no ombro para estender as roupas desta família de dois.

Certo dia, andando pelo quintal senti um vento e um barulho parecido com uma águia.

Olhei para o céu e contra o sol vi um pontinho negro vindo em minha direção. Será um eclipse? – não!

Era um gavião fazendo voos rasantes por, não sei qual motivo, tentando me acertar. Corri pra dentro, tranquei a porta, tranquei as janelas, fechei as cortinas. Ainda estiquei as roupas pela casa toda para secarem.

É ruim que eu iria lá fora de novo!

Fiquei por dias contando ao marido a epopéia do gavião que queria me devorar – foi sim!
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Caso n° 3 da casa 94 - O BOIZINHO

Andávamos pela nossa rua voltando do mercado cheios de sacola. Lá na frente observei as pessoas um tanto apavoradas, principalmente as crianças, olhando em nossa direção e começando a correr.

Achei estranho, mas não dei importância.

Logo começaram os gritos – Ou, Ou, Ou, segura ele, segura ele.

Olhamos para trás e um boizão vinha em nossa direção com vários homens atrás.

- Correeeeeeeeee Gabi.

- Meu Deus, e as sacolas?

- Correeeeeeeeeeeeeee.

E pernas pra que te quero! Ainda bem que já estávamos bem perto do portão de casa e foi o tempo de entrarmos para o boi passar enlouquecido por nós.

Nos jogamos com as compras no chão e ficamos estirados esperando nossos corações desacelerarem.

- Massa né, tio? As crianças tentavam nos reanimar.