sexta-feira, 11 de maio de 2012

É a melhor parte de mim!


Ser mãe é a melhor parte de mim. É a "função" que me faz mais feliz e que me deixa com o riso frouxo. As gargalhadas e brincadeiras estão na pauta da minha rotina materna, e eu não as procrastino de maneira alguma, as cumpro direitinho, diariamente.

E ser mãe NÃO me faz viver em culpa, como dizem por aí, pelo contrário, voltei a trabalhar quando o Benjamim tinha 4 meses e foi a decisão mais acertada que tomei - me fez bem! Produzo profissionalmente,  e quando estou com ele - estou com ele, sou dele, vivo para ele, namoro ele e quando chega a hora de fazê-lo dormir, ele está tão exausto que vai fechando seus olhinhos e me olhando, parece que dizendo: obrigado mamãe, hoje foi muito divertido. Vou dormir cansado e satisfeito! Vocë é 10!

Ser mãe é uma promoção, uma elevação - me fez aceitar meus limites e entender que não conseguirei viver em equilíbrio pleno com todas as minhas funções - e quer saber: não me importo mais se a louça da janta ficou suja, se me demorei no banho enquanto o marido está descabelado cuidando do pequeninho, se me deu vontade de dar um rolêzinho sozinha, ou, se deixei meu bebê na vovó para sair namorar. Eu posso, agora sou mãe! E a cada dia minhas prioridades são reorganizadas.

Mais o mais bacana foi que a maternidade me fez entender a dimensão da palavra compreensão e hoje eu, simplesmente, compreendo. Na hora, me indigno, me revolto e argumento, mas depois, compreendo porque cada um, cada situação, tem seu lado da versão, suas justificativas e motivações e a mim, cabe apenas compreender, o que não me obriga a aceitar, mas, simplesmente, compreendo. Porque ser mãe me fez muito mais, muito mais, compreensiva e tolerante.

E posso compreender as mulheres que não querem ter filhos, as que ainda não se decidiram, as que sofrem pela esterelidade, as que sofreram aborto espontâneo, as que decidiram por um único filho, as mães de muitos filhos, compreendo as mães que deixaram a vida profissional para dedicar-se integralmente aos filhos, compreendo as que precisam deixá-los o dia todo na creche, compreendo as mães solteira, as que precisam desesperadamente das avós, as que tiveram depressão pós-parto. Compreendo...

Porque ser mãe, continua sendo, a melhor parte de mim!