sábado, 4 de setembro de 2010

Trauma?

O marido é muito saudosista - muito mesmo. Vez ou outra ele tem flashs de memória e sente a maior necessidade de me contar.

Antigamente eu desconversava - Tá bom querido, depois você me conta, tá! Você é muito lindo!

Mas agora eu paro tudo e vou ouví-lo, mesmo que minha meste esteja quilometricamente longe.

- Quando erámos crianças, sábado era o melhor dia. Eu e meus irmãos calçávamos sapato (como assim?), vestíamos camisa (hã?) e penteávamos o cabelo (não! eles não vieram de uma família de lobos - só moravam na beira do rio) e íamos para o centro da cidade na única locadora que locava fitas de video game. Aí voltávamos voando pra casa e chamávamos toda garotada da rua. Era muito, muito bom! Até rolava um lanchinho.

- É amor, que legal! Mas no sábado?

- É - no "dia de sábado"

- E vocês não tinha que faxinar a casa, ajudar na arrumação?

- Ah! Tá me zoando, né?

- Não! É que minha realidade de sábado sempre foi a minha mãe acordando a gente às 8 horas com o aspirador de pó.

- Então é por isso que você é toda neurótica com faxina aos sábado: não vai na praia porque tem que limpar, não vai na piscina porque precisa arrumar, não joga video game porque tem que trabalhar - isso é trauma.

- Me dá aqui esse celular! Alô? Mãe? Tem um tempinho pra mim hoje? Acho que precisamos conversar!

Um comentário:

Humm? Pois não é?