terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Como eu me imagino na velhice!

Esses dias estávamos assistindo ao noticiário e apareceu uma professora universitária muito fervorosa defendendo as suas causas diante dos repórteres. Ela não era muito bonita – tão pouco vaidosa – tinha os cabelos meio grisalhos e usava grandes óculos – mas era destemida, muito culta e provavelmente continuava trabalhando por teimosia. Uma mulher mais ou menos como essa da foto – a socióloga Jane Elliot.

Ela colocou aqueles repórteres no chinelo e todos estavam boquiabertos com a sua desenvoltura.

Eu olhei para o marido e disse – amor, você pode não gostar, mas eu me imagino exatamente assim na maior idade – exatamente assim - fisicamente e nos ideais.

E ele me disse – e eu creio que você será desse jeitinho mesmo.

Eu respeito e compreendo as pessoas – como cristã essa é minha obrigação. Não gosto de rotular ninguém e não admito ser rotulada.

Também conheço muito bem minhas obrigações como mulher e esposa – sei e procuro aplicar - com muito esforço – todas as responsabilidades exigidas nessas funções. Mas também tenho minhas aptidões, meus talentos e anseios.

Desculpe-me as defensoras do somente lavar, cozinhar e passar – mas eu preciso de muito mais. Preciso de informação, de cursos, de internet, de livros, de sair de casa todos os dias, de dirigir meu carro, de pagar as minhas contas. Tenho necessidade de me engajar nas coisas e de jamais desistir das minhas metas – que vão muito além da administração do lar.

Digo e repito – conheço minhas obrigações como dona de uma casa e as executo com muito esforço e enorme paciência.

Mas não vou me martirizar se precisar encher a geladeira de comida congelada e pagar uma pessoa para limpar a minha casa. Não vou mesmo!

Que o Senhor me encha de graça para que eu possa por muitos e muitos anos – ser a esposa perfeita para o meu marido e também orgulhá-lo por ir fundo – até o fim – naquilo que Deus me mandou executar – fora da minha casa.

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