sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Café da Manhã


Um dia desses – ainda muito, muito cedo – tocou o interfone do nosso apartamento.

Nem acreditávamos – estávamos tão cansados, esgotados, aquela noite de sono não havia sido suficiente.

O marido sussurrou – vai você. Eu disse que não conseguiria levantar.

E ele foi se arrastando até o interfone.

- Quem é?
- É o entregador de cesta de café da manhã.
- Eu não pedi nenhum café da manhã meu amigo. Você faz idéia que horas são?
- Mas aí é o apartamento dos Ramos.
- É sim.
- Então, mandaram eu entregar.
- Tá, vou abrir – É no terceiro andar.

Ele voltou no quarto e me disse:
- Gabi, tem um cara lá em baixo dizendo que veio entregar uma cesta de café da manhã, não entendi direito, mas se não for pra gente, vou pegar do mesmo jeito, só por ter nos acordado tão cedo.

Aí o cara apareceu – era uma big cesta, tinha até garrafa térmica, xícaras, talheres e tantas, mais tantas gostosuras. E era pra gente mesmo.

Encontramos o nome de quem nos enviou – uma amiga muito amada da Igreja – que tem caminhado conosco e que tem divido seus muitos momentos com a gente.

Choramos de alegria. Como é possível nos presentearem com algo tão lindo – tudo pelo simples convívio, pelo liberar de algumas palavras de ânimo.

Estávamos tão cansados, passávamos por tantos problemas e dificuldade – mas o refrigério veio e nos fez lembrar que caminhar com as pessoas, sermos gentis com elas – ensinarmos aquilo que de graça recebemos e que de graça devemos dar – vale de mais a pena, de mais da conta.

Sirva – sirva ao próximo – sirva as pessoas. Sem esperar receber nada em troca, porque de algum jeito, elas conseguirão demonstrar sua gratidão.

“Querida Amiga – você mora no nosso coração!”

Um comentário:

Humm? Pois não é?